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ABORTO: esclarecimentos com Irmã Rosália, uma mentora espiritual


Consequências espirituais do aborto, Pílula do Dia Seguinte e legalização do aborto sob a ótica espiritual são alguns pontos de uma conversa que tivemos com Irmã Rosália, uma mentora espiritual.

Esta entrevista aconteceu em junho de 2018, porém ficou arquivada. Em janeiro de 2019, ao relê-la, senti a presença da irmã Rosália ao meu lado. Em um relance de vidência, ela se confirmou aos meus olhos e, com o domínio dela sobre meu campo sensório, disse-me:

­ – Precisamos resumir algumas dessas respostas, para que elas não fiquem cansativas e fiquem mais claras ao entendimento do leitor, pois, afinal, nem todos têm conhecimento das bases da vida espiritual. Por isso, eu vos repassarei subsídios melhores na medida de vossas necessidades.

Foi assim que reiniciamos este trabalho, agora com a revisão do texto de 2018 e com o acréscimo de novas perguntas.

Era um momento de bênçãos estar diante da nossa irmã Rosália. Ela é uma benfeitora espiritual que sempre coordenou as minhas tarefas mediúnicas nas passividades psicofônicas, notadamente durante os desdobramentos efetuados em regiões espirituais distantes quando não havia possibilidade de trazer alguns espíritos para o ambiente onde se realizava a reunião mediúnica do Centro Trabalhadores da Luz Eterna. Ela também tem-nos assessorado nas atividades de psicografia que exercemos atualmente.

O assunto desta entrevista se deu porque que pairavam, na grande mídia da época, questões relacionadas ao aborto e a eminência de sua legalidade. Assim, fiz algumas perguntas para sanar dúvidas e saber como o tema é analisado no plano espiritual.

A irmã poderia apontar quais são as consequências de um aborto no plano espiritual para os que o cometem?

– Os que pensam que o aborto é como um ato de retirar um cisto benigno ou uma verruga por questões de estética precisam saber que, na gravidez, a mulher está gerando um corpo que já está habitado por um espírito que foi ligado a ele desde o momento em que óvulo foi fecundado.

Irmã Rosália explicou:

– Os benfeitores do espírito reencarnante, juntamente com os técnicos e médicos espirituais especializados para o trabalho de ligação do espírito ao corpo que irá se formar, colaboraram na seleção do espermatozoide que, entre milhares, disputa a corrida para fecundar o óvulo. O objetivo é selecionar aquele que melhor atende à necessidade do reencarnante, no que tange ter um corpo físico para o melhor cumprimento da sua futura missão. Portanto, a partir do momento da fecundação do óvulo, tudo que provoque a expulsão da célula fecundada é considerado aborto e é um crime perante as leis de Deus, exceto os que ocorram à revelia da vontade da mãe, os chamados de abortos naturais.

O que está por trás de uma gravidez?

– Um espírito vivendo no estágio embrionário e cheio de esperança e planos de metas para aquela oportunidade reencarnatória que lhe foi concedida.

No caso da consumação do aborto, o que acontece com esse espírito?

– Ele retorna a sua origem e, dependendo do grau de sua evolução, alguns retornam frustrados, decepcionados, revoltados ao ponto de se tornarem ferrenhos perseguidores de quem os impediram de nascer, seja quem os abortaram ou colaboraram para isso.

Qual o prejuízo que sofre o espírito abortado?

– Toda programação familiar é feita no plano espiritual antes da reencarnação, acertando os acordos com os espíritos que irão receber como filhos para auxiliá-los nas suas marchas evolutivas. Esses futuros filhos, por sua vez, também ajustam quais serão os benefícios por suas vindas reencarnatórias. O planejamento envolve também, além dos filhos, as noras, genros, netos e outros espíritos virão dar apoio e participar na missão ou tarefas escolhidas por aquele grupo familiar. Assim, devemos entender que, para cada espírito que reencarna, a sua vinda beneficia um número muito grande de outros espíritos que virão compor o planejamento. Portanto, um aborto afeta a esperança de cada indivíduo inserido no planejamento interrompido. Além disso, há que se assinalar que houve investimento feito pelos benfeitores da vida maior na preparação das individualidades reencarnantes, envolvendo tempo, estudos preparatórios e muita confiança. Em torno de cada ser reencarnado, tem um número ilimitado de espíritos desencarnados trabalhando para que a missão do encarnado seja cumprida com êxito. E ainda existem os encarnados que estarão no seu entorno. Desse modo, temos uma noção do prejuízo que causa um aborto, não só para o abortado, mas para todos os envolvidos no contexto reencarnatório. Posso afirmar que o prejuízo de um aborto é incalculável do ponto de vista espiritual para quem comete, induz ou o incentiva. Mesmo quando o aborto tenha como álibi um estupro, tenhamos a certeza que o canal da vida tem suas razões nas bênçãos de Deus.

Por que algumas mulheres cometem abortos com tanta frieza? Algumas não demonstram nenhum sentimento de remorso e defendem o direito de abortar alegando que os corpos são delas.

– Por ignorarem a realidade da vida imortal do espírito que somos. Muitas, por estarem embriagadas pelos prazeres da vida material, outras por acharem que a beleza e a juventude do corpo físico são eternas. Em resumo: é o orgulho e o egoísmo que imperam nas suas vidas.

O esquecimento do passado de quem está reencarnado contribui para o esquecimento dos planejamentos feitos no plano espiritual?

– Dissestes bem: o esquecimento do passado! Mas não das leis de Deus que estão escritas e gravadas na consciência de cada um. Bem sabeis que o planejamento da reencarnação não contempla qual rua, bairro ou qual cidade ou qual casa que a pessoa vai morar, e sim, o gênero de provas que irá passar ou suportar. Os compromissos assumidos com as pessoas não se apagam nesse esquecimento, pois elas se reconhecem pelas vibrações que emitem, já que carregamos essas energias muito ativas que se atraem e se repulsam a todo instante. No caso do aborto, creio que é onde quereis chegar, saiba que qualquer gravidez não é fruto de um acidente de percurso e nem de um descuido do destino; ela foi fruto dos acordos e compromissos feitos e que estarão permanente gravados na consciência, enquanto perdurar o curso e, às vezes, prosseguirá no além tumulo.

Vejamos alguns exemplos. Temos casos de mulheres que, aqui no plano espiritual, continuam promíscuas, irresponsáveis e levianas. Os benfeitores espirituais, diante das possíveis reencarnações delas, programam a maternidade para elas como prova reparadora, uma benção de esperanças para suas renovações. Então, para essas, quando a maternidade vier, às vezes, será no transcurso de suas possíveis falhas morais ou em momentos que forem propícios.

Outro exemplo: o estupro. Ele pode estar ligado a resgates do passado. Nesse caso, não existe uma data exata para isso acontecer, pois ninguém renasce para passar por esse peso expiatório como meio de engravidar. O estupro é considerado por nós um acidente moral, cuja vítima tem dívidas nessa área e que uma gravidez em decorrência do ato estará no contexto da ocasião propícia.

Importante ressaltar que a gravidez e o estupro são duas situações distintas para o espírito reencarnante. A primeira é programada, a segunda é acidental. Tem-se que aqueles que sofrem um estupro, a maioria já praticou ou colaborou ou se envolveu nesse crime outrora. Necessariamente, esses não precisam passar pelo aborto, pois os caminhos do resgate poderão ser por complicações patológicas no plexo genésico, as quais exigem tratamentos muito agressivos.

Do mesmo modo, também não existe uma data exata para se engravidar. Em processos de casamento normais, é o tempo e o comportamento que ditarão a hora da gravidez do casal, pois todos os passos da mulher reencarnada com essa missão, nos seus planos, estarão acompanhados pelos tutores espirituais dela, que aguardam a ocasião mais favorável para o intento. Nesse caso, o esquecimento se torna nulo.

Às vezes, por alguma incerteza com as probabilidades futuras, é muito arriscado para condicionar algum espírito nessa espera, então os próprios benfeitores espirituais dessas mulheres se sacrificam para virem auxiliá-las de perto na luta. Conhecemos alguns casos em que os sacrifícios desses amigos espirituais chegaram ao ponto deles virem nas condições de filhos deficientes para preencherem todo o tempo e atenção de suas pupilas, mesmo em casos desprovidos da presença paterna. Enfim, em qualquer circunstância, a consciência sempre advertirá que o aborto é crime.

A senhora disse que benfeitores se sacrificam para vir ajudar seus pupilos ou pupilas. Quem são os espíritos comuns que pedem essa reencarnação sabendo da possibilidade de serem abortados ou abandonados, no caso de serem essas futuras mães mulheres visivelmente irresponsáveis?

– Eles são, na maioria das vezes, espíritos em expiação, alguns foram abortistas, indutores, conselheiros, legisladores no passado, que escolhem essa via como probabilidades de meios de reparar ou amenizar suas consciências de culpa.

Nesse caso, o aborto não seria uma escolha?

– Não disse isso! Falamos de probabilidade e não de fato preestabelecido. Ninguém reencarna para abortar, pois geralmente o aborto é consequência de uma fraqueza ou de uma irresponsabilidade. Por isso, dissemos que mesmo as possibilidades de uma queda moral da pessoa reencarnada ou no caso dela sofrer um estupro em que venha a gravidez, a maternidade já estava no programa reencarnatório e não a forma em que ocorreria a gravidez. Portanto, em nenhum caso existe acaso. O aborto não é escolha, pois ele é crime.

Muitos são da opinião que a legalização do aborto evitaria que seres nascidos de mães problemáticas ou de famílias desestruturadas, sofressem, aumentando os problemas sociais da humanidade. O que a senhora pode comentar a respeito?

– Primeiro é preciso entender que, na condição de espírito desencarnado, a visão de valores é diferente dos que estão encarnados. Como já dissemos, a pobreza, riqueza, localidades, doenças ou restrições orgânicas, o homem com a visão materialista as julga como sofrimentos. Porém, esses mesmos homens que assim pensam, quando voltam ao plano espiritual – e esclarecidos das razões e dos valores das reencarnações –, passam a ver tudo isso como uma oportunidade de crescimento e aprendizado; entendem que o mais importante para o espírito na marcha evolutiva é a oportunidade de reencarnar para cumprir uma missão ou continuar uma tarefa inacabada, habilitando-se para matérias maiores. Assim, compreendem que o álibi é um sinal de muito materialismo, da predominância do orgulho e do egoísmo, que faz a pessoa achar-se no direito de tirar ou interromper a vida de seu próximo, no direito de dar o veredicto de quem deve ou não deve viver na sociedade. Esses se lamentarão amargamente por essa atitude e ainda sofrerão o rigor da lei pelas ações praticadas ou induzidas pela incitação social. Qualquer álibi que induza ao aborto é uma transgressão tão grave quanto o ato de abortar. A Lei Divina lhes exigirá reparação.

Qual, de fato, é o prejuízo para os espíritos encarnados e desencarnados vinculados ao abortado?

– Evidentemente todos os espíritos que se envolvem em algum planejamento familiar depositam plena confiança uns nos outros. Os que ainda permanecem no mundo espiritual aguardando ansiosos o momento de virem para o corpo da carne, têm consigo também muitos compromissos assumidos com outros espíritos, formando assim uma cadeia de esperanças, de sonhos e de expectativas de colherem bons frutos na almejada reencarnação que esperam. Alguns, mesmo no plano espiritual, ajudam os seus futuros pais a se encontrarem, a se conhecerem, se amararem e a se casarem. Quando ouvimos filhos em tenra idade dizer que estiveram no casamento dos pais, eles falam a verdade, pois estavam sim na condição de espíritos desencarnados e ficaram muito felizes por estar se aproximando a sua vez de reencarnar de acordo com o planejamento feito. Portanto, o aborto prejudica o planejamento de uma coletividade inteira, e o prejuízo é incalculável porque é proporcional a cada individualidade prejudicada. Isso se aplica também aos encarnados.

E para a sociedade encarnada, qual seria o prejuízo que um aborto acarreta?

– Pensemos: se a mãe de Chico Xavier lhe abortasse por questão de pobreza? Se os pais de Madre Tereza de Calcutá impedissem-na de nascer por acharem difícil o período do século em que viviam? Se Gandhi tivesse sido abortado, como estaria a Índia ou como seria a emancipação política daquele país? E, por fim, pense se vossos pais tivessem-vos abortado, quantos descendentes seus não estariam encarnados cumprindo as missões deles e lamentando por vós? Portanto, isso é impensável e incalculável, pense nisso no contexto social e vós formulareis uma resposta.

É considerado aborto usar a Pílula do Dia Seguinte – quando o óvulo está do tamanho de uma cabeça de alfinete, mas ainda não tem a forma humana – e assim afastar a suspeita de gravidez?

– O aborto é crime em qualquer circunstância e em qualquer fase da gravidez. Já vos dissemos que o espírito está ligado ao corpo que vai se formar desde o momento que o óvulo foi fecundado, portanto, a partir desse momento, tudo que provocar a expulsão deste zigoto é um aborto e é um crime aos olhos da lei divina. Exceto uma expulsão natural do próprio organismo, que chamamos de aborto natural, desde que não foi provocado por nenhuma negligência ou ato; e também no caso de a gravidez oferecer risco de morte da gestante, porém essa conclusão deve ser atestada por um médico que assumirá a responsabilidade do diagnóstico. As demais opções serão classificadas como crime, tanto para os que praticam quanto para os que fazem os procedimentos do aborto ou os induz. Lembramos que o pai que permite ou apoia o aborto da parceira é cúmplice no crime e sofrerá as mesmas penas na lei, pois a gravidez só houve porque teve a junção de um homem e uma mulher, então ambos são responsáveis por isso.

Não importa o meio que se use para provocar o aborto, o crime é o aborto e não a forma que o faça. Ao tomar a Pílula do Dia Seguinte, após uma relação como um meio consciente de interromper uma possível gravidez, é um aborto. Do mesmo modo também é considerado aborto a expulsão do zigoto por quaisquer dispositivos intrauterino que tenham ação abortiva. Só é considerado prevenção, quando o meio usado impeça que haja uma fecundação do óvulo, pois este, depois de fecundado, carrega uma vida em andamento e, como dissemos, tirá-la se configura um crime.

O que a senhora diria para as mulheres que já cometeram aborto?

– Que não se desesperem e nem se autoflagelem. Deus é amor e as suas leis são justas e amorosas. As leis divinas impõem a reparação, mas, em todos os casos, temos nelas os atenuantes e os agravantes como base da sentença. Irmãs! Todos os dias, podemos iniciar essa reparação; amem os filhos alheios como se fossem os seus, seja voluntária em trabalhos humanitários, a adoção filhos alheios é testemunho de amor, claro que se isso se vos for possível. Ajude as mães com dificuldades a cuidar de seus filhos, enfim, trabalhe com amor orientando as mulheres que desconhecem o peso que acarreta o ato do aborto. Confiem em Deus, pois ele vos dará outras oportunidades para reparar esse delito, pois ele é amor, justiça e misericórdia e Ele nunca as deixarão desprovidas das suas bênçãos. O reconhecimento do erro, por si só, já é o primeiro passo rumo à reabilitação.

Qual o melhor meio de prevenir o aborto na terra?

– A melhor prevenção é a “responsabilidade” somada a uma boa educação ética-moral e cristã.

Há outra corrente que defende a legalização do aborto por entender que isso evitaria muitas mortes de mulheres que abortam em clínicas clandestinas ou em mãos despreparadas. A senhora pode comentar essa ideia?

– A prática do aborto nunca esteve atrelada a nenhuma lei humana. O aborto é uma questão de escolha individual, sendo assim, com a legalidade ou sem legalidade o aborto será sempre um crime perante as leis divinas. Os que pensam assim é por lhes faltar uma consciência moral cristã na educação, com predominância do egoísmo e do orgulho sobre si.

Podemos dizer também que é fruto da ganância doentia pelos bens materiais e pelos prazeres efêmeros da carne, que levam muitas criaturas a perderem o senso de humanidade e se distanciarem de Deus, ignorando por completo as leis divinas. Então, para aliviar o veredito das suas consciências que lhes cobram, querem criar ou legalizar leis próprias que atendam seus apetites e interesses. Legalizar o homicídio contra um ser que não tem nenhuma possibilidade de defesa é retroagir a sociedade ao estado de barbárie. Nada justifica o aborto, a não ser as exceções mencionadas nas respostas anteriores. O direito mais sagrado das leis de Deus é a vida. A lei divina responsabilizará com rigor a todos que a esse direito ferir.

Um aborto que causa a morte da mãe é considerado um suicídio?

– Certamente. É um duplo homicídio.

Por que algumas mulheres morrem no aborto e outras não?

– Isso depende de muitos fatores que regem a vida da mãe, um deles pode estar ligado à condição do espírito reencarnante naquela gestação. Por exemplo, há casos em que, com o ato do aborto, a energia negativa emitida pelo ser que está sendo abortado recai – com tamanha força – sobre aquela mãe abortista provocando-lhe uma hemorragia não estancável, ou, na sequência, uma infecção generalizada ou outras complicações que desorganizam a saúde dela levando-a ao óbito posteriormente. Há casos que o abortado passa a vampirizar a sua abortista ao ponto de levá-la ao suicídio mais tarde.

No caso de uma legalização do aborto, o legislador terá algum grau de comprometimento?

– Todos que praticarem, contribuírem, induzirem ou ajudarem no aborto terão certamente suas parcelas de responsabilidade nesse crime e serão chamados às contas perante a lei divina. Quanto ao legislador, não será diferente, porém com mais um agravo e rigor, pois todos os abortos decorrentes da facilidade que a lei por ele aprovada facultar, tanto o autor da lei quanto os que a aprovaram, serão responsabilizados como coautores das tragédias oriundas dos abortos consumados nas coletividades.

Peço agora suas palavras finais e receba nossos agradecimentos por sua solicitude em nos esclarecer sobre um assunto tão sensível e importante para a sociedade.

– Legalizar ou não o aborto em vossas leis não alterará a lei divina na classificação desse delito bárbaro e covarde. E nem tirará dele os agravantes. Reafirmo que a legalização do aborto numa sociedade é um retrocesso ao estado de barbárie, pois quem é capaz de matar uma criança é capaz de fazer tudo de pior.

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