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Aquele que condenou Jesus, hoje traz uma mensagem de esperança para a humanidade


Meu irmão, paz do Cristo para todos neste momento em que as pessoas estão sob o domínio do medo vivendo em grande pavor. Estamos realmente atravessando um momento difícil nesta transição de ciclo do planeta. Digo estamos, pois aqui nas regiões mais inferiores do nosso plano, as guerras de opiniões se dividem e se multiplicam, promovendo o surgimento de novas gangues espirituais, cada qual defendendo suas ideologias políticas de dominação. Muitas dessas falanges somam milhares de espíritos e muitos deles estão às soltas nos seios das sociedades, insuflando ódio entre as pessoas, razão que inimizades se multiplicam por toda parte e já podem ser sentidas até mesmo nos seios das famílias. O mais grave é que esse assédio do ódio está atacando membros dos movimentos das diversas frentes religiosas do planeta.


O Brasil ainda é o alvo daqueles que, há séculos, vêm combatendo para que o reino proposto pelo Cristo Jesus não seja implantado no coração dos homens e não seja efetivado o desejo Dele de tornar esse torrão de terra na Pátria do Evangelho e o Coração do Mundo.


No mundo, em todos os séculos que se passaram, alguns membros do Cristianismo sofreram grandes processos obsessivos com as atuações dos espíritos anticristo no seio do trabalho, culminando assim em períodos de horrores, onde dores, extermínios, perseguições, confiscos e outros foram a causa de muitos sofrimentos.


Tudo isso, em consequência da escolha daqueles que se deixaram ser contaminados pelo ódio do que pelo amor. Muitos usaram nome de Deus e do cordeiro imaculado Jesus para gerarem lágrimas e derramamento de sangue em guerras mesquinhas, havendo muitos afastamentos das criaturas do criador. Horrores esses que alguns foram maiores que os praticados aos tempos dos testemunhos dos cristãos primeiros. Por essa razão, em nome do Cordeiro de Deus e do nosso irmão Ismael, coordenador desta Pátria, conclamo a todos vós, espíritas e aos religiosos em geral, uma maior vigilância em vossos corações, digo corações, pois são a casa de nossos sentimentos.

Lembrai-vos da máxima que todos conhecem: “Espíritas, amai-vos, espíritas instrui-vos”. Esta palavra “amai-vos” tem um significado muito maior que imaginais, pois não há amor no sentido que nos ensinou Jesus, quando o coração esteja contaminado por resíduos de ódio. Por essa razão, observem se o vosso amor ao próximo está se condicionando às ideologias políticas dos homens para não usarem o nome e nem fragmentos dos ensinos do Cordeiro de Deus para fortalecer ideias de desuniões. Não olvideis que a doutrina do Cristo é uma doutrina de libertação e amor incondicional.


Observemos o sentido mais profundo das palavras "conheça a verdade e a verdade vos libertará", entendendo que a verdade que nosso Mestre nos mostrou está sendo ensinada novamente através da Doutrina regida pelo consolador prometido por Ele mesmo. E a verdade universal é um código de posturas das criaturas diante do próximo e do nosso Senhor Deus; é a verdade que mostra com clareza que somos irmãos em humanidade e, porque não dizer, em universalidade cósmica, é a verdade que nos liberta de tudo que nos aprisiona.


Irmãos, espíritas cristãos, todos vós tendes um compromisso com a obra do Cristo, firmado antes de vossas vindas ao palco de vossas lutas diante daqueles que o representam no plano espiritual. Tenham cuidado para não semearem nesta leira fecunda do Evangelho a semente da cizânia do ativismo, pois ela gera ódios que alimentam e fortalecem o egoísmo e dá poder ao orgulho, essas chagas causadoras de todas as misérias no mundo.

Jesus também disse que aquele que quisesse ser o maior no reino dos céus que se tornasse o menor na terra e o mais servidor de todos; para não procurar os primeiros lugares dos pódios da terra, pois estes poderão nos levar aos últimos lugares no reino dos céus.


Meus irmãos, só há uma política capaz de vencer as miseráveis guerras e os conflitos entre os homens: é a política do Cristo Jesus, o “amai-vos uns aos outros como Ele nos ama". É o viver no amor, no perdão, na compreensão, na compaixão, na fraternidade e com a doçura das almas puras.


Pensem naqueles que não mediram esforços nem tempo para que a doutrina espírita estivesse em vossas mãos; pensem nos sacrifícios dos propagadores da Boa Nova de todos os tempos; pensem nos homens e mulheres que enfrentaram os preconceitos dogmáticos das religiões mandatárias, sofrendo todo tipo de escárnios, mas mesmo assim fundaram núcleos espíritas nos rincões das terras brasileiras; pensem no esforço empreendido pelos espíritos a serviço do Cordeiro para ditarem este universo de ensinamentos através de livros, pelos canais difíceis da mediunidade dos homens na terra; pensem no consolo e esclarecimentos que essas obras trouxeram para a humanidade; pensem nos aflitos que foram e são consolados, quantas mães e pais receberam, através de uma carta enviada pelos seus filhos ditos mortos segundo a carne, por meio de médiuns devotados; pensem que as notícias da Boa Nova de Jesus são a prova mais irrefutável da continuidade da vida e a imortalidade da alma. Por fim, pensem no amor de Jesus para com a humanidade que somos. Lembrem-se que Ele deu a vida por nós! Pensem em tudo isso e despertem do coração o sentimento do amor e do amar, que porventura esteja adormecido. Não combatamos os irmãos que carregam o ódio em vez do amor, mas ensine-os a amar dando-lhes o exemplo.


Para lhes testemunhar o quão é sublime o amor de Jesus, contarei em síntese a minha história de vida sem nenhuma pretensão de me exaltar e sim elevar a grandeza de Jesus, o Cordeiro Imaculado de Deus.


Fui perseguidor dos cristãos, odiei a Doutrina Cristã nos tempos primeiros, defendendo meus interesses políticos. Embora fosse religioso e judeu descendente da tribo de Israel, desacreditava do Deus de meu povo, fascinei-me pelos deuses romanos, pois, segundo minhas convicções, eles me ajudavam. Usei a hipocrisia como máscara para me manter no grupo de sacerdotes privilegiados. Odiei Jesus, o Profeta da Galileia, simplesmente porque ele trazia uma proposta nova para convivência dos povos. Senti-me ameaçado nos meus interesses, julgava que os deuses romanos faziam mais para seu povo que o nosso Deus de Israel.


Com essa convicção, persegui, matei adversários políticos na minha agremiação religiosa, bastando que se opusessem à minha ambição. Sou responsável pela morte de muitos cristãos.


Quando a morte inflexível me tirou do pouso de minhas ilusões, a vida me colocou no palco dos pesares para ser consumido pelo remorso que cresceu em mim como uma lepra que se alastra. Vivi minhas amarguras nas regiões infernais no plano espiritual, cheguei ao insuportável de meus sofrimentos, não aguentava mais o peso das dores morais que arrasavam minha consciência. Foi aí que ousei pedir a clemência e a misericórdia a Jesus de Nazaré. Com toda sinceridade de meu coração pedi que Ele me perdoasse, mesmo acreditando que eu não merecia o seu perdão. Jesus, em sua misericórdia infinita, ouviu minha súplica e enviou seus legionários para me resgatar daquelas regiões trevosas, daquele meu inferno sem fim. Fui conduzido por eles a um abrigo de assistência espiritual, onde passei por diversos modos de tratamentos e terapias, até me conscientizar da minha pequenez diante daquele que combati.


Ainda na minha convalescença, implorei aos benfeitores que de mim cuidavam, uma oportunidade de recomeçar a minha reabilitação com os cristãos e com Jesus, pois as sequelas do ódio que disseminei ainda corroíam minha alma. Sabia que só o trabalho no bem poderia atenuar essa dor na minha alma. Dias depois, Jesus veio até aquele abrigo me visitar acompanhado de alguns de seus discípulos que já estavam no plano imortal. Fiquei petrificado e com olhar estático nele, não sabia o que dizer, o que pensar, não conseguia me mover em nada, me pus a chorar… Ele olhou nos meus olhos, estendeu suas mãos em minha direção e me disse:


- Caifás, tu queres ser um dos meus sacerdotes no mundo?


Lembro-me que apenas consegui dizer:


- Serei-te fiel, meu Senhor!


Não sabia eu o quanto seria difícil alcançar aquele título me ofertado. Não tenho palavras suficientes para descrever aquele momento sublime de minha vida. Jesus sabia que fui eu que tramei toda a difamação que levou o povo a odiá-lo e a pedir a sua crucificação diante do julgamento por Pilatos. No entanto, foi ele, o Cordeiro de Deus que tanto o persegui, que pessoalmente me libertou do inferno que criei para mim. Jesus me deu o maior exemplo de amor e perdão que alguém possa ter.


E foi através de seus emissários que, a partir daquele encontro, recebi a incumbência de trabalhar nas diversas nações do planeta, pregando a paz e lutando para efetivá-la no seio das comunidades que se consumia nas chafurdas que levam as guerras. Nessas reencarnações por mim vividas sempre trabalhei no seio dos conflitos sem ter o poder de decisões. Sempre mostrando a outra face quando em uma apanhava...


Com o passar dos séculos, fui designado para o seio da igreja católica romana como sacerdote e, nessa reencarnação, tive a oportunidade de ser martirizado pela inquisição com os requintes mais cruéis de tortura, pelo simples fato de ameaçar revelar ao mundo os interesses que haviam por trás daqueles tribunais; fui acusado injustamente e condenado por um tribunal de interesses políticos. Eu fiz aquela minha passagem jurando minha fidelidade aos princípios de amor a Jesus e meu próximo. Foi nesse testemunho que me ordenaram como um sacerdote do Cristo Jesus pronto a trabalhar na terra. Desde então, venho servindo nos seios dos religiosos cristãos, como encarnado e como desencarnado.

Atualmente faço parte da legião de trabalhadores de Ismael aqui no Brasil, neste advento de transição de ciclo evolutivo na terra. Antes, militei reencarnado na França, no período da codificação, dando suporte ao eminente codificador o professor Hippolyte Léon Denizard Rivail. Consciente estávamos que a Doutrina do Consolador seria o alicerce central para efetivar essa transição que o mundo hoje está atravessando.


Assim, cabe ao laborioso trabalhador espírita do agora, a missão de divulgar a essência desta doutrina que é a moral do Cristo Jesus. Não esquecendo que, apesar do sacrifício de nosso Mestre Jesus no calvário, de todo sangue derramado por seus apóstolos e seguidores em todos tempos, o ser humano ainda odeia o ser humano, ainda vem os abatendo, quando não por armas novas, o fazem com as mesmas armas que um dia usei: a calúnia, a discórdia, a difamação, feitas em artimanhas vergonhosas, tudo para denegrir e descredibilizar o que o ser humano tem de melhor em si que é a semelhança de Deus, e humanizar Deus para que Ele seja comparado aos homens e, com isso, afastar as criaturas de suas leis.


O apelo que vos faço, em nome do cordeiro de Deus, é que “amem-se como irmãos” e ensinem essa máxima com o exemplo, pois somente o amor estabelecerá a paz, e a paz restabelecerá a união, a união fortalecerá a força do amor, e a força do amor brilhará como um sol, pois as trevas não suportam viver onde haja luz! Só assim o ódio desaparecerá e o amor imperará em todos corações efetivando de vez o reino de Jesus na terra; assim o Brasil cumprirá a determinação de Jesus como o Coração do Mundo.


Espíritas, a vossa missão foi deferida por Jesus, a pedido de vossos benfeitores os quais atendendo aos vossos desejos e necessidades. Finalizo minhas palavras aconselhando-os: ponham JESUS na frente de vossas palavras e ações, ponham-no no coração, apaguem-se para que Ele possa brilhar!


Hoje, não me envergonho por ter sido o poderoso sumo sacerdote Caifás. Sou grato a essa oportunidade que tenho de vos mostrar o quão é sublime o amor daquele a quem hoje servimos. E para as vossas reflexões, digo que Caifás, Judas Iscariotes e outros, ainda não receberam o perdão da humanidade até os dias de hoje...


Reitero que foi pelo amor e o perdão de Jesus que hoje estou aqui lhes mostrando o Caifás que fui e o Caifás que sou.


Irmãos, espíritas cristãos, sem amor e sem o perdão incondicional ao próximo, seremos como um perfume sem cheiro. Recebam a gratidão deste irmão em Cristo Jesus.


CAIFÁS (Espírito)


Jorge Couto (Médium)

Psicografia recebida em 08/06/2020, em Uberlândia (MG).

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