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O ENSINO DE JESUS E O SILÊNCIO DAS GERAÇÕES


Meus filhos, que a paz de Jesus esteja conosco hoje e sempre!



O maior legado que nosso Mestre Jesus nos deixou foram seus ensinos, que vieram acompanhados de exemplificações, sendo grande parte escritos posteriormente por seus discípulos diretos e indiretos. Assim, o Evangelho é o documento mais importante que se tem na face da terra, destinado à toda humanidade. A essência do Evangelho é a base das leis que regem o universo, é o alicerce de todas as religiões na terra, mesmo as que não têm seus pilares no Cristianismo.


Aliás, a palavra cristão foi criada pelo evangelista Lucas, e o Cristianismo foi uma derivação dela. No início da era cristã, lembramos aos estudiosos, os discípulos de Jesus eram conhecidos como Homens do Caminho, razão do nome Casa do Caminho, o primeiro núcleo de alvenaria fundada pelo apóstolo Simão Pedro. Até então, eles não tinham templos de pedra para se abrigarem e pregarem a boa nova. Por esse motivo, ficaram conhecidos como Homens do Caminho ou Caminheiros, já que usavam a natureza como templo vivo para suas pregações doutrinárias.


Na realidade, a religião do Cristo é o amor universal e incondicional, sentimento que impera em todo o universo. Portanto, pontuamos a importância de se estudar o Evangelho nas suas entrelinhas, para que se aprenda separar as falas dos discípulos das falas de Jesus. É estudando-o que se aprenderá a tirar o espírito da letra para que ele se vivifique em seus corações.


Pontuamos também que foi nos séculos iniciais da era cristã que houve a interferência dos homens para que a boa nova do Cristo não se tornasse um compêndio de cabeceira do ser humano; o próprio homem enumerou quem poderia ler e interpretá-lo para os leigos, mantendo assim, por séculos, a ignorância do ser pelo analfabetismo dos mais humildes. Basta olharmos, com análise, quantos séculos houve em que uma parcela significativa do ser humano se manteve no analfabetismo total e escravizado pela própria ignorância. Outro comentário, não menos importante, é que o próprio Evangelho, na sua essência, para ser libertado das mãos dos dominadores, custou muitas lutas e rendeu perseguições, carnificina, sangue. Cristãos mataram cristãos. Tão logo o Evangelho foi liberto e traduzido para as diversas línguas, surgiu uma nova casta de dominadores, que se apoderaram do domínio das massas também o usando para isso.


Neste contexto, as guerras ainda estão acontecendo no seio das religiões na terra, não mais pelo uso de armas, mas pelo atilho da inteligência, que tem sido usada para denegrir ou desacreditar as igrejas tidas como rivais e não do Cristo.

Lamentável vermos religiosos perseguindo religiões contrárias as suas. Com isso, o mais prejudicado é o povo, que continua néscio em matéria de Jesus e do Evangelho. Até mesmo com o advento da doutrina espírita - o consolador prometido, que veio popularizar o Evangelho, dando a ele a verdadeira significância dos ensinos do Cristo -, não tem mudado os homens. Estes continuam indiferentes ao ensino mais profundo do Evangelho, pois a maioria se recusa a estudá-lo. É comum encontrarmos Culto do Evangelho no Lar realizado sem a leitura do próprio Evangelho. Por este motivo, alertamos para esse dever aos que se dizem cristãos.


Aos espíritas, se perguntássemos: por que são espíritas? Tenho a certeza que receberia inúmeros motivos, porém quase todos acanhados da essência, pois muitos não sabem definir o que é a doutrina espírita, muitos desconhecem por completo a promessa de Jesus sobre o outro consolador que ele enviaria mais tarde em seu nome para lembrar de tudo que ele havia ensinado e ensinar todas as outras coisas que ele não pôde ensinar pela falta da maturidade da humanidade naquela época.


Portanto, não é difícil concluir que a maioria dos religiosos não conhece o que Jesus ensinou, a não ser fragmentos, tornando assim para eles mais difícil compreender as outras coisas que o Mestre não pôde nos ensinar e que o consolador nos trouxe. Podemos até dizer que a maioria não conhece as bases morais do Cristo, razão do caos moral que a geração atual está assistindo.


Irmãos, saibam que aqui no plano espiritual, os espíritos cristãos estudam o Evangelho de Jesus constantemente para não deixar se perder a essência moral da doutrina do Cristo, pois sem ela o ser humano se degradaria ao estado mais baixo de barbaria moral.


Os próprios apóstolos do Cristo continuam trabalhando e estudando a boa nova ininterruptamente. Eles têm à disposição os ensinos de Jesus que passaram despercebidos dos olhos deles e que não foram escritos. Esse arquivo está também à disposição de todos, mas para se chegar a eles é necessário que se tenha o conhecimento da essência moral do Cristo e se tenha uma vivência brilhante nessa base, pois, não basta dizer que conhece o Evangelho, é preciso que se tenha obras de amor ao próximo vivenciadas.


Irmãos, quando Jesus disse que não se deve atirar pérolas aos porcos, ele não se referia aos pequenos da terra, e sim, aos que desdenham as coisas sagradas e morais. Com isso, disse aos seus discípulos que guardassem essas pérolas para serem distribuídas aos que sabem do seu legítimo valor. Por isso, a importância de se evangelizar nossas crianças antes que elas sejam corrompidas por falsos educadores.


Agora, depois deste breve resumo, intencionalmente muito repetitivo para a família cristã, reafirmo o convite dos luminares espíritos a serviço de Jesus: estudem o Evangelho em casa junto aos seus filhos, pois é dever dos pais ensinar os filhos os valores morais do Cristo, através do Evangelho, para que eles aprendam a separar o que é do homem e o que é divino e, no futuro, as igrejas da terra não fechem suas portas, e sim, cumpram seus deveres como igreja do Cristo. É falso o argumento que diz que quando os filhos crescerem, eles escolherão uma religião. Aos pais competem dar aos filhos uma conduta religiosa, só assim eles saberão mais tarde encontrar uma igreja onde eles possam colaborar com a propagação da boa nova na face da terra, e não mais em busca de milagres. As religiões na terra precisam dar novo sentido a si próprios, o de escola.


Alguns religiosos e educadores cristãos afirmam que a moral do Cristo inserida no Evangelho é tão pouca no volume que precisa ser repetida por vezes infinitas. Ainda dizem que o Evangelho tem vinte séculos e não tem nada de novo nestes tempos novos. Foi baseado nesses conceitos que pais e gerações se calaram e o fruto do silêncio destas gerações foram os filhos gradativamente perdendo o endereço de Deus e colocaram Jesus em suas dúvidas. Muitos, quando jovens, trocaram os pais como seus educadores por formadores de opiniões. Hoje, ídolos humanos vêm, a cada dia, orientando os nossos jovens sobre a vista míope de seus pais. literalmente são cegos conduzindo cegos, mas conduzem os nossos jovens ao mundo dos vícios morais e para o universo das drogas lícitas e ilícitas.


Pais, ouçam este apelo: não deixem seus filhos à deriva como se fossem barcos sem lemes, não joguem a responsabilidade de evangelizá-los somente aos religiosos ou às religiões. Este é seu dever moral para com eles, pois seus filhos precisam distinguir a diferença entre o joio e o trigo segundo Jesus.


Quanto ao Culto do Evangelho no Lar em família é preciso tirar o asco do verbo repetir. Aprendamos a usá-lo para enriquecer a alma de conhecimento. Observe que o aluno se alfabetiza pelas repetições de lições, são as repetições de erros que o leva ao acerto. Se na sua prática esse o verbo repetir tiver que ser contestado, que seja que o ser não repita os erros e vícios de seus antepassados, pois isso vem ocorrendo há milênios sem se questionar as consequências. Muitas das cerimônias religiosas são repetições dos tempos do paganismo; os vícios de alguns pais têm se repetido nos filhos; homicídio, suicídios e abortos se repetem em todas as gerações com os mesmos motivos sem que nada tenha mudado no comportamento das pessoas; a corrupção, a mentira e a hipocrisia são vícios morais que vêm se repetindo em todos os tempos e nada ou quase nada foi feito para extingui-los; o orgulho e o egoísmo vem se repetindo na conduta dos povos sem mudança alguma.


Então perguntamos: por que questionar as repetições tão necessárias nas lições morais do Evangelho, para o que autoensinamento e a educação dos filhos, durante o Culto do Evangelho em casa, sejam efetivados com o êxito necessário? Eu pessoalmente usaria a fala do apóstolo João para responder a essa questão. João, já envelhecido, estava na igreja de Éfeso e, aos términos das assembleias doutrinarias, lhes davam a palavra para as considerações finais, e ele sempre repetia estas palavras: “Meus filhinhos, amai-vos uns aos outros”.


A assembleia, incomodada com a frase repetida por anos a fio, foi reclamar com alguém bem próximo dele, e este lhe disse: João o povo está pedindo para você não repetir mais aquela frase, diga a eles algo novo para agradá-los! João, serenamente, respondeu: "E eles já estão amando?" O interlocutor calou-se, e então pelo resto dos seus dias na terra João continuou repetindo a célebre lei de Jesus: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei. Razão que conclamo a vocês a repetir as lições morais de Jesus no Culto do Evangelho em família, quantas vezes se fizerem necessárias até que todos conheçam e estejam vivendo as lições morais de nosso Mestre Jesus, pois, afinal, culto no lar não é apenas louvar, agradecer e pedir, é também estudar. Posso dizer que quinze minutos de Evangelho por semana, se estudado e aprendido, são o suficiente para que os filhos e toda família nunca se afastem de Deus.


Que Jesus nos abençoe!


Abraço de sua irmã em Cristo Jesus,

Fátima [Espírito]


Jorge Couto [Médium]

07/09/2020 - Uberlândia

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